sábado, 13 de julho de 2013

O PERDÃO É UM DIREITO SEU; PROVOQUE O JUIZO


PROVOQUE O JUÍZO DIVINO
EXERÇA O SEU DIREITO
QUE SE FAÇA JUSTIÇA
  ELOY ARRAES VARGAS


Um princípio fundamental do direito
é que a parte tem que provocar o juízo.
para que o seu caso
seja analisado
você em que provocar o juízo. 


          A Bíblia tem vários paralelos com o funcionamento dos sistemas judiciários, quem mais usa figuras Judiciárias na Bíblia são o Rei Salomão e o apostolo São Paulo.
          O Esquema deste estudo é baseado principalmente nessas duas figuras bíblicas em em  dois discursos especiais feitos por esses dois homens.

II CRONICAS CAP. 6 :13 – 42 

Em algumas versões a frase “ executa o seu direito” é substituída por “faze-lhe justiça” , o que tem o mesmo significado.

II CRONICAS  CAP . 7: 14     
CARTA AOS ROMANOS CAP. 8: 1
CARTA AOS ROMANOS CAP. 8: 31 - 39

1 – Conforme a vida social no mundo foi se organizando, foi se verificando a necessidade de que ficasse estabelecida uma regra de convivência para evitar que os maus instintos dos homens tornassem a vida em sociedade insuportável.

Existe dentro dos seres humanos uma necessidade de regras que o levam normalmente para o bem na luta entre o bem e o mal, mesmo nas sociedades que pouco conhecimento tinham do Criador desenvolveram-se sistemas ou códigos de leis que tinham semelhanças entre si, dentro dos seres humanos sempre houve uma consciência da diferença entre o bem e o mal.

Nas mais antigas civilizações os historiadores encontram códigos muito semelhantes aos que se conhecem no mundo moderno, até porque a maioria deles está referido ao Direito Natural, o qual emana da própria consciência de coletividade.

Um dos códigos mais antigos das civilizações é o Código de Hamurabi, um legislador babilônico, código este surgido muito tempo antes de que Moises estabelecesse as Leis mosaicas baseadas nos Mandamentos estabelecidos pelo Criador, ao qual se convencionou chamar de  Dez  Mandamentos.

Esses códigos tratam de Leis Penais e Leis Civis, e o um dos primeiros, claramente organizado, é o “Corpus Júris Civiles” dos Romanos, ele é tão importante que até hoje nas faculdades de Direito se estuda uma disciplina chamada “Direito Romano”.

A lei Mosaica não se prende somente aos chamados 10 mandamentos, mas trata de muitas outras relações entre os homens, trata de direitos no campo criminal, Civil, Econômico, religioso, e evidentemente do direito Natural.

DIREITOS CONCEDIDOS PELO CRIADOR

Na relação entre o Criador e os seres humanos estabeleceram-se muitas leis, tácitas ou escritas, leis que estabelecem as obrigações do homem frente ao Criador e a recíproca dos compromissos do Criador em relação aos seres humanos.

Entre os compromissos do Criador com o ser humano está o Direito do Perdão, o qual Salomão demonstra fortemente em seu discurso na inauguração do Templo de Jerusalém. 

Em II Crônicas 6: 14 Salomão diz: “Que guardas o concerto e a beneficiência aos que caminham perante Ti de todo o seu coração”

Salomão inicia a sua petição lembrando o acordo e a beneficiência do Criador.
No Vs. 15 ele exemplifica com casos anteriores.
No Vs. 19 Salomão provoca o Juízo com o devido instrumento: a ORAÇÃO.
No Vs 21 o pedido principal de Salomão “Ouve e Perdoa”.
No Vs.25 “Ouve e perdoa os pecados do teu povo”.
No Vs.27 O pedido de Salomão vai mais longe – “...perdoa o pecado... ensinando-lhes o caminho em que devem andar”
No vs.30 “Ouve e perdoa”.
No Vs, 33 as beneficiências são estendidas ao estrangeiro.
No Vs. 35 A razão de pedir  - “Ouve a sua oração....e executa o seu DIREITO.”
NO Vs. 39 “Executa o seu direito... e perdoa”.

O DIREITO DE SER PERDOADO

          Em II Crônicas  7: 14 esta a reafirmação do Criador no compromisso de Perdoar, reconhecendo que se os seus filhos “provocarem o Juízo” peticionando por perdão, seus filhos serão perdoados.
          O Eterno  não pode deixar de perdoar os pecados se o perdão for pedido, pois o Criador Eterno assumiu esse compromisso com seus filhos e não pode voltar atrás.

Mas e o que fazer com o preenchimento das condições para o Perdão.

Como Cristãos, nos sabemos que o preenchimento das condições que o homem não poderia preencher foi feito  por Jesus, O Messias, o Filho do Eterno que se submeteu a ser nosso substituto. e nosso advogado perante o Pai Eterno.

Aqui temos a solução para o perdão dos pecados, no plano humano a primeira  é provocar o Juízo, e essa provocação do Juízo é a PETIÇÃO, que no nosso caso é a Oração, e as outras condições estão divididas entre o plano humano e o Divino para facilitar o Perdão.

         A cada vez que peticionamos ao criador eterno por perdão, o Salvador, o Filho do Criador Eterno se apresenta perante o Pai e diz – “Pai  pelo meu sangue eu estou intercedendo por este ser humano que peticiona por perdão”.

O JUÍZO DIVINO EM ROMANOS CAP. 8

Em Romanos 8 o apostolo Paulo nos dá uma descrição da forma que ele via o Julgamento divino.
 
Ele inicia em Romanos 8:1 já informando que nenhuma condenação há para os que estão em Cristo e não andam mais segundo a carne mas segundo o espírito. Porque a lei do espírito de vida me livrou da lei do pecado e da morte.

 Todo o capítulo 8 procura demonstrar que para os filhos do Eterno há o perdão e não  condenação.

 No final do capitulo em forma quase poética ele descreve o tribunal divino e mostra que:

 Não há condições para o acusador acusar pois –vs. 33 “ Quem intentará acusação?”

Não há condições de condenar  vs 34 “Quem condenará?” ...Pois é Cristo...o qual está a direita do Pai Eterno  e também intercede por nós.

 Nisto tudo somos mais que vencedores, se provocarmos o Juízo do Criador Orando em petição e pedirmos o perdão dos nossos pecados, esses pecados serão perdoados e serão esquecidos, e nós nos apresentaremos ao Pai Justificados por Nosso Senhor,  Jesus, O Cristo, O Filho do Pai Eterno.
 
 
 
 
 
 
 
 
     

EXPIAR OU PURIFICAR ?



LEVÍTICO 16:6 - DANIEL 8:14
DEUTERONÔMIO 25:1

Durante os últimos 150 anos tem havido uma discussão muito forte com relação aos 2 primeiros versículos que encabeçam  este comentário.

Num primeiro momento pseudo teólogos, que pretendiam impingir a doutrina de uma "purificação" a ser realizada no "Santuário Celestial" após 1844,  procuraram confundir os termos expiação e purificação.

Essas palavras surgem em Levítico 16:6 e em Daniel 8:14.

Como a leitura do texto em português mostrava que  esses dois textos tinham significados bem diferentes , os teólogos de plantão passaram a dizer que, em hebraico estava escrita a mesma palavra nos dois textos e por isso expiar e purificar nas Bíblias em português significavam a mesma coisa. Eu ouvi essa afirmação durante anos.

Quem é que iria conferir? O pastor tinha dito, e palavra de pastor não se discute, aceita-se.

O Advento da internet facilitou a possibilidade de se verificar, em textos hebraicos, se essa afirmação era verdadeira e o que se  descobriu foi que além dos conceitos emitidos pelos textos serem completamente diferentes as palavras usadas também são diferentes e ficou claro que tais teólogos nada conheciam de hebraico ou usavam simplesmente de má fé.

Fiquei surpreso ultimamente quando um dos divulgadores da IASD não tendo como escapar da diferença entre as duas palavras procurou se apoiar numa bengala de bambu, trazendo para a discussão o texto de deuteronômio 25:1, afirmando que tal texto reforçava a tese de que purificação em Daniel 8:14 é o mesmo que expiação em levítico 16:6.
Abaixo segue um comparativo dos textos em hebraico para a avaliação dos leitores.


Nem é necessário conhecer hebraico para ver que são duas palavras totalmente diferentes, mesmo sem nos preocuparmos com o aspecto conceitual dado pelo contexto já percebemos a diferença.
 
Como é fácil observar, a expiação de Levítico nada tem a ver com a purificação em Daniel.
 
Mas agindo de boa fé, bastaria ler as Bíblias em português, senão vejamos:
Na Revista e Atualizada:- Em levítico temos Expiar e em Daniel temos purificar.
Na Edição Contemporanea:- temos:- em Levítico Expiação e em Daniel temos Purificado.
Na NVI :- Em levítico temos propiciação e em Daniel temos reconsagrado.
Na Jerusalem temos:- Em levítico Expiação e em Daniel "será feita Justiça". Na Bíblia hebraica: traduzida diretamente do hebraico para o português temos em Levítico Expiar e em Daniel 8:14 temos "só então vencerá o que é sagrado" - ( para quem não conhece essa Bíblia , ela está a venda em www.sefer.com.br )

Como vemos não é necessário conhecer o hebraico para saber a verdade!

O conceito de expiação é de que alguém paga, até com a própria vida , uma pena que deveria recair sobre o outro.

O conceito de purificar é muito simples e se refere a limpar alguma coisa que está suja ou foi profanada.

No Hebraico o conceito de tsadaka  se refere a executar uma boa ação ou uma ação meritória e justa, enquanto o conceito de Kaphar é muito claro e se refere a que alguém assume a pena imposta a outro.

Tive a oportunidade de conhecer um "interprete bíblico" que vendo-se acuado nessa situação de inverdade,  veio me apresentar Deuteronômio 25:1 como sendo uma constatação de que  Tsadaka numa situação de Juízo transforma-se em expiar.

Basta ler o texto em português para ver que Deuteronômio 25:1  está tratando de uma questão de direito, induzindo até uma questão de direito civil, em deuteronômio 25:1 ninguém ira pagar por ninguém e ninguém iria morrer no lugar de outro.

Ai está se for o caso voltaremos a estudar a questão.
Eloy Arraes Vargas


 

sexta-feira, 12 de julho de 2013

PROFETAS E VIDENTES SÃO ATIVIDADES DIFERENTES

PROFETAS E VIDENTES






PROFETAS E VIDENTES
26/06/2006
Uma das maiores confusões que ocorre com a leitura superficial da Bíblia é a do significado dos conceitos de profetas e videntes 

O narrador do livro de Samuel, nos informa que no passado remoto, no tempo de Samuel era comum chamar-se de videntes o que na época do narrador era chamado de Profetas.

Note-se que até o final do período dos reis as duas palavras eram usadas para significar coisas diferentes.

Havia sim profetas que eventualmente agiam como videntes, porém a leitura bíblica nos mostra que os videntes (não profetas) eram normalmente tidos em má conta.

Não é o objetivo desta coluna trazer uma enxurrada de textos bíblicos para mostrar isso, pois, se o leitor está lendo este texto de internet seguramente tem um computador, no qual ele poderá verificar as palavras vidente e profeta, a título de estímulo posso adiantar que na Bíblia aparece a palavra vidente 27 vezes e a palavra profeta 291 vezes; significativo não?

Era até comum que um profeta eventualmente se comportasse como vidente, mas o oposto eu desconheço.

Onde pois está a diferença?

O Vidente falava aos Reis e como tal colocava interesses pessoais seus e dos reis naquilo que falava.

O profeta falava prioritariamente ao povo, exortava o povo a voltar-se a Deus, atendia e aconselhava o povo - Resumindo o profeta trazia a palavra de Deus ao povo.

Eventualmente o Profeta se dirigia ao Rei, normalmente em público, para exortar o Rei, advertir o rei pelo sofrimento que estava impondo ao povo e avisando o rei que se ele não mudasse o Pai eterno tomaria medidas enérgicas.

Evidentemente existem exceções  mas e isso que a Bíblia mostra.
Se esse comentário lhe sugeriu um estudo faça-o, aprender nunca é demais.


PROFETAS, VIDENTES E ADIVINHOS




PROFETAS, VIDENTES E ADIVINHOS


Muitos termos mudam de significado conforme passa o tempo.

Palavras que no passado  eram termos pejorativos e até obscenos passaram a ser aceitáveis, palavras há que passaram a ter significados opostos aos que tinham  quando usadas num passado nem sempre muito remoto.

Quando lemos a Bíblia devemos levar em conta esses fatos, pois muitas traduções foram feitas a dezenas de anos passados e continuam sem revisões sérias, seja por desinteresse ou mesmo por má fé...(tradutore, traditore).

As três palavras que dão título ao comentário de hoje aparecem na Bíblia, e a própria Bíblia nos alerta a respeito da evolução das mesmas. Em  I Samuel 9:9 existe o alerta de que no tempo dos Reis e  dos profetas as palavras profeta e vidente tinham significados diferentes.

Em Miqueias 3, temos o trio, profetas, videntes e adivinhadores.

Para o idioma português normalmente não há confusão com essas três palavras.

Profeta é aquele que leva a palavra de Deus ao povo.(Amos 3:7 e outros), o profeta é completo,  ele pode ter visões e até adivinhar.

O vidente (não profeta) é uma categoria inferior,  ele tem visões ou sonhos, mas normalmente não são mensagens ao povo, são sim mensagens aos reis e mandatários.

Os adivinhos são a categoria inferior nesse assunto, frequentemente a Bíblia tem palavras de repreensão  aos videntes e principalmente aos adivinhos.

A confusão entre os conceitos de profeta, vidente e adivinho cristalizam-se depois do cativeiro na Babilônia.

Nos tempos de Jesus um soldado bate na cabeça de Jesus e determina - profetiza, quem foi que te bateu, nesse caso era claro que o soldado não queria uma profecia mas sim uma adivinhação 

É sempre bom distinguir um profeta de um vidente e principalmente de um adivinho,
Um exercício interessante é procurar na Bíblia pessoas que não eram do povo de Deus e que foram videntes, e alguns deles usados por Deus.

COMO O ETERNO DEUS SE COMUNICA COM OS HOMENS



 AS COMUNICAÇÕES DE DEUS

      
Afinal de contas, qual é o caráter de nosso Deus no que se refere a comunicação com    os seres humanos?

Vários são os entendimentos:
                           Um deles é que Deus absolutamente não se comunica conosco.
Outro é que Deus se comunica conosco através dos seus profetas.
Outro é que Deus se comunica conosco unicamente através da Bíblia.
                           Outro é que Deus se comunica conosco através da Bíblia, mas em forma codificada de tal maneira, que nos não possamos entender e que fiquemos a mercê dos interpretes de plantão.

Como avaliar o primeiro? 
Ora, se Deus não se comunica conosco é porque esse contato não lhe interessa, e nessas condições o mundo “anda por si mesmo”.

Como avaliar o segundo?
Se Deus se comunica conosco através dos seus profetas, e, se há verdadeiros e falsos profetas,  Deus nos dará condições para discernir quais são os verdadeiros e falsos profetas, é muito importante que usemos as regras dadas por Deus para  saber quem é profeta verdadeiro e quem não é, com certeza se o pretenso profeta falhar em uma única característica dada por Deus tratar-se-há de um falso profeta; é muito importante também distinguir um profeta de um vidente  se nosso livro base for a Bíblia, ela nos dará claramente a distinção entre profeta e vidente, mas isso é assunto para outro dia.

O terceiro entendimento é que Deus se comunica conosco através da Bíblia.
Bem se a Bíblia é a forma mais estável na comunicação entre Deus e os homens, (Jesus diz que é assim), essa comunicação não pode ser cifrada de maneira que somente alguns fossem capazes de entende-la (Jesus nos mostra que o entendimento Bíblico está ao alcance de qualquer um que queira ler); Não faria sentido que Deus nos enviasse uma mensagem que não pudéssemos entender.

O quarto entendimento é uma conseqüência do terceiro.
Se a Bíblia fosse codificada  para que os mais simples não pudessem entende-la não haveria necessidade dessa comunicação pois em última instância essa comunicação dependeria da explicação dos profetas de plantão, os quais fariam o que quisessem pois a única forma de conhecer um falso ou verdadeiro profeta está na Bíblia e sem conhecer a bíblia eu não teria condições de  distinguir um falso de um verdadeiro profeta.
 Finalmente, como eu sou um leitor da Bíblia, procuro lê-la e entender claramente o que ela está dizendo sem mitos nem fantasias, nem racionalizações que visem  forçar uma conclusão que mais me agrade ou com a qual eu esteja tentando convencer terceiros.